Artigo Estudos de Caso

Reúso de águas da chuva por utilização de cacimbas

Metodologia

Saneamento Ambiental - ÁGUA

Sistemas de reaproveitamento de águas pluviais

Brasil

São Paulo(SP)

Na cidade de Ribeirão Preto (SP), para amenizar inundações cada vez mais frequentes, foi estabelecido em 2004 o Código do Meio Ambiente de Ribeirão Preto, que exige que toda nova urbanização limite sua vazão pluvial a, no máximo, a que seria gerada pela área quando ainda era rural – ou seja, as novas urbanizações não poderiam aumentar a vazão pluvial de fundos de vales. O presente estudo de caso, realizado em pesquisa por Caetano e Oliveira (2016), descreve o sistema de captação e reutilização da água em escolas estaduais e municipais de Ribeirão Preto (SP) e suas viabilidades econômicas, sociais e ambientais. Na pesquisa de campo, realizada em 2015, foram visitadas as seguintes instituições: Colégio Marista (particular), Obreiros do Bem (ONG), Estação Luz (ONG), Lava Jato Mizuno, EMEF Prof Paulo Freire (municipal), EMEFEM Dom Luis do Amaral Mousinho (municipal), EE Jardim Doutor Paulo Gomes Romeo (estadual) e EE Doutor Guimarães Junior (estadual).

Custo para Implementação

Informação não disponível

Recurso de compensação ambiental, organismos internacionais, Ministério das Cidades, Fundação Bradesco, Fundação Banco do Brasil.

Desafios

  • Reuso da água evita captação excessiva de fontes superficiais e subterrâneas de água

  • Reutilização do uso de água da chuva, ensina sobre a importância de não desperdiçar água

  • Armazenamento de água de chuva é uma forma de reutilização de água, de fácil acesso e custo.

Contexto

Há 200 anos 98% da população ainda vivia no campo, era difícil imaginar os problemas gerados pelo adensamento urbano, entretanto, o rápido crescimento da população e das cidades, impulsionado pelo êxodo rural e pela industrialização, aumentou demasiadamente as áreas impermeabilizadas num curto espaço de tempo. A ausência de planos e leis, que definissem um adequado uso do solo e um eficiente sistema de drenagem pluvial, resultou no aumento da vazão pluvial superior à capacidade dos cursos d'água, portanto, as áreas ribeirinhas inadequadamente ocupadas são cada vez mais atingidas pela água da chuva. A concentração urbana provoca cada vez mais o desequilíbrio do balanço hídrico, pois o consumo humano é muito maior que a capacidade de reposição natural. Atualmente muitos centros urbanos, além de conviver com freqüentes inundações, também são obrigados a captar água para o consumo em locais distantes e até mesmo em outras bacias hidrográficas. O custo de implantação dos canais necessários para dar vazão à água pluvial gerada pela impermeabilização do solo, inviabiliza sua execução, pois envolve grandes obras, alteração do sistema viário ribeirinho, desapropriações e remoção de centenas de imóveis, cuja localização é estratégica às atividades desempenhadas por seus ocupantes, mas estão assentados sobre o “leito maior do curso d’água”. Umas das possibilidades de reduzir o lançamento de água pluvial nos cada vez mais sub dimensionados canais urbanos, e de reduzir a extração de água das fontes superficial e profunda, já comprometidas pelo excesso de utilização, é o reuso da água pluvial gerada pela impermeabilização do solo.