Artigo Estudos de Caso

Riba Share: compartilhamento de scooters no Brasil

Metodologia

Mobilidade

Micromobilidade urbana por motos ou scooters elétricas

Brasil

São Paulo(SP)

A Riba Share é um serviço de compartilhamento de scooters elétricas na cidade de São Paulo. O serviço utiliza motos elétricas que chegam a 50km/h e possuem câmbio para troca de marchas. Todo o serviço é feito por meio do aplicativo, desde a localização das motos disponíveis, a liberação do uso e o destravamento do bagageiro onde fica o capacete. O pagamento é feito por meio do cartão de crédito cadastrado ou pela compra antecipada de pacote de minutos. O botão “encontrar” do app faz com que a scooter buzine e ligue o alerta, o que ajuda a encontrá-la. A troca das baterias e carregamento são feitos pela própria empresa que disponibiliza as scooters prontas para o uso.

Custo para Implementação

Até cinco mil reais

Dez minutos custam R$ 5,90 e os minutos seguintes R$ 0,59. Há a possibilidade de comprar pacotes com valores promocionais sendo 50 minutos por R$ 28,00; 200 minutos por R$ 106,00 e 500 minutos por R$ 250,00.

Desafios

  • O serviço proporciona facilidade de locomoção no dia a dia em meios urbanos com baixo impacto ao meio ambiente e custo acessível.

  • O uso de scooters elétricas contribui para diminuição da emissão de gases de efeito estufa.

Motivação

O serviço foi criado em 2006 como solução sustentável para a micromobilidade urbana. Hoje, com 100 scooters operando, a empresa acredita no potencial do negócio especialmente voltado aos novos hábitos de consumo da nova geração, muito mais comprometida com a agenda da sustentabilidade.

Contexto

O estudo realizado pelo PROMOBe (Ures, 2020) relata a importância das scooters elétricas como alternativa para a mobilidade urbana sustentável. As informações levam em conta o fato de termos na América Latina um aumento exponencial das frotas de veículos poluentes, movidos com motores a combustão, extremamente nocivos ao meio ambiente. O estudo aponta que a América Latina contribui para 10% das emissões de GEE no mundo e os veículos a combustão correspondem a 13,8% da emissão desses gases. Em contraponto, a América Latina apresenta uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com 25% de fontes renováveis (Ures, 2020) o que se torna uma oportunidade para o uso de veículos movidos a motores elétricos com menos impacto ao meio ambiente. Ainda assim, o estudo aponta a necessidade de investimentos e estímulos aos processos produtivos elétricos de uma forma geral para a cadeia, tanto do ponto de vista industrial, de produção, quanto de acesso da população. Na conferência das partes de 2015 (COP 21), em Paris, e assinatura do Acordo de Paris, o Brasil se comprometeu com a redução de 43% na emissão de GEE até 2030, em relação aos níveis de 2005 (Ures, 2020). No Brasil, os carros a combustão representam 50% das emissões de GEE (Souza, 2017) e em São Paulo respondem por 72,6% das emissões destes gases (Barbosa, 2017).