Artigo Estudos de Caso

Sistema de filtragem da água da chuva de baixo custo Amana Katu para comunidades ribeirinhas da Amazônia

Metodologia

Saneamento Ambiental - ÁGUA

Sistemas de reaproveitamento de águas pluviais

Brasil

Amazonas(AM)

A empresa social Amana Katu desenvolveu um sistema para captar, armazenar, filtrar e tratar a água da chuva de forma sustentável e com baixo custo para atender às comunidades ribeirinhas da região Amazônica. Cada sistema instalado pode abastecer aproximadamente 170 pessoas com água potável.

Custo para Implementação

Até cinco mil reais

O sistema tem o valor de R$ 550,00 e a ampliação tem valor de R$ 250,00.

Desafios

  • O sistema Amana Katu proporciona o acesso à água limpa para a comunidade ribeirinha da região Amazônica.

  • A região Amazônica, mesmo com sua abundância hídrica, sofre com a ausência de acesso à água potável. Este sistema promove o uso eficiente da água das chuvas.

Motivação

A região Amazônica tem a maior bacia hidrográfica do mundo com aproximadamente 3,8 milhões de km², englobando os estados do Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Pará. No entanto, mesmo com a abundância hídrica na região, existem cerca de 6,5 milhões de pessoas sem acesso a água potável, segundo o Instituto Trata Brasil. Desta forma, a Amana Katu identificou a oportunidade de proporcionar o acesso à água potável por meio de tecnologia simples, sustentável e de baixo custo, utilizando água da chuva para os moradores das comunidades ribeirinhas da região, reduzindo o consumo de água contaminada ou, ainda, promovendo compra de água mineral.

Contexto

Segundo dados do Instituto Trata Brasil (2018), 82,3% das residências da região Norte tem acesso à água por meio de poços, cisternas com água da chuva e carros-pipa. Cerca de 42,9% da população não tem acesso à água tratada, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS (2018). A ausência de saneamento, como acesso à água limpa e esgoto, impacta diretamente na saúde das pessoas e no sistema de saúde. Segundo dados do Instituto Trata Brasil, a cada R$ 1,00 investidos em saneamento, propicia-se uma economia de R$ 4,00 na saúde. Em 2013, o Sistema Único de Saúde – SUS, teve mais de 340 mil internações por infecção gastrointestinal e o custo médio foi de R$ 355,71 por paciente, ou seja, mais de R$ 4 milhões foram aplicados no tratamento do efeito causado pela falta de saneamento, recurso que poderia ter sido investido para melhorar a qualidade de vida das pessoas em outras áreas.