Sistema de filtragem da água da chuva de baixo custo Amana Katu para comunidades ribeirinhas da Amazônia

Metodologia

O sistema Amana Katu foi desenvolvido a partir da tecnologia de minicisternas, criada pelo Professor Edison Urbano, para enfrentar a crise hídrica, de 2014 a 2016, na cidade de São Paulo. A minicisterna desenvolvida pelo professor está disponível gratuitamente na internet. O sistema reaproveita os tonéis da indústria alimentícia, como cisternas, com capacidade de armazenar 240 litros de água em cada um. A água da chuva passa por quatro etapas antes de ser armazenada na cisterna. A primeira etapa é um filtro que elimina impurezas maiores como folhas e galhos; na segunda etapa, um separador descarta a primeira água da chuva, considerada suja, sendo o restante da água considerada limpa, porém não potável, podendo ser utilizada como água para limpeza; na terceira etapa, a água passa por um tratamento com cloro e na quarta etapa a água passa por um filtro de carvão ativado, finalizando o processo com água potável pronta para consumo. O sistema custa R$ 550,00 e cada expansão custa R$ 250,00, que pode atender à própria residência ou ainda atender a famílias próximas. Segundo a empresa, até dezembro de 2019, foram vendidos e instalados 37 sistemas no Pará e 30 foram vendidos para o estado do Amazonas. Para cada cinco produtos vendidos pela empresa, esta doa um produto para uma família de baixa renda. A empresa conta com o apoio de outras organizações que fazem doação de produtos, como a Mariza Foods, mediante doação dos tonéis; a Amanco Wavin doando tubulações, calhas e filtros; e a Ambev, que doou o sistema completo. Neste caso, os beneficiados foram os seus 30 produtores de guaraná na comunidade rural de Maués, no Amazonas.