Artigo Estudos de Caso

Usina Solar do Banco do Brasil

Metodologia

Energia

Geração de energia solar

Brasil

Minas Gerais(MG)

Metodologia

A equipe técnica do banco estudou diferentes fontes de energia renovável, fez levantamento das dependências de baixa tensão no estado de Minas Gerais, buscou propostas orçamentárias e comparou o custo da locação com o custo de energia adquirida na distribuidora. A partir do estudo e com base na resolução 482/2012 (geração distribuída) foi desenvolvido o edital para licitação da locação da usina fotovoltaica para geração de 10.000 MWh/ano. Nesse modelo, a energia gerada pela usina abastecerá 100 agências do estado mineiro. A empresa vencedora da licitação ficou responsável pela construção da usina. Dessa maneira, o banco não investiu nenhum recurso financeiro na construção da usina. Quando a usina ficou pronta e conectada à rede de distribuição o Banco iniciou os pagamentos do aluguel da usina. Participaram da primeira licitação 12 empresas, sendo que a empresa vencedora foi a EDP Grid. O valor do contrato inicial foi de R$ 44.478.000,00 para um período de 15 anos com reajustes anuais com base no IPCA. O valor do aluguel mensal é de R$ 247.100,00 e o valor mensal da despesa de energia das 58 dependências é de R$ 548 mil. Com a construção desta usina, ocorrerá a substituição da tarifa paga atualmente de R$ 630,00 o MW por R$ 248,00 MW sem os impostos, ou seja, uma economia de R$ 40%. O Banco do Brasil deixará de gastar R$ 6 milhões anuais, sem considerar os reajustes tarifários nesse período. A EDP indicou primeiramente o município de Januária (MG), mas em função dos problemas para obtenção do parecer de acesso, a usina foi construída em Porteirinha (MG), numa área de 20ha, com 19 mil placas solares e, com isso, a geração de energia aumentou para 14.000 MWh/ano, compensando o consumo de energia de 100 agências mineiras. Desta forma, o contrato foi alterado, aumentando o valor para R$ 52 milhões em um período de 12 anos. A economia gerada nesse período será na ordem de R$ 80 milhões (58%). Além dos benefícios econômicos, podemos destacar benefícios ambientais. Por exemplo, aproximadamente 1.000 toneladas de dióxido de carbono deixarão de ser emitidas por ano, o que corresponde ao plantio de cerca de 7.000 árvores. Ao todo, 112 colaboradores, entre diretos e indiretos, trabalharam no projeto.

Implementação

Atores

ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica

Governamental (de cima para baixo)

Cemig - Companhia Energética de Minas Gerais

Governamental (de cima para baixo)

Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Minas Gerais

Governamental (de cima para baixo)

EDP Smart Grid

Institucional/Privada

Banco do Brasil

Institucional/Privada

Prefeitura de Porteirinha (MG)

Governamental (de cima para baixo)

Governança

O Conselho Diretor do Banco do Brasil apoiou e aprovou o projeto e a expansão do modelo para outras unidades da federação, tais como Goiás, Distrito Federal, Pará, Bahia e Ceará. A atuação dos fornecedores durante o estudo técnico e orçamentário foi fundamental para viabilidade do projeto. Além disso, participam da governança a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Ministério de Minas e Energia e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Por fim, vale citar que houve resistência por parte da Cemig com dificuldades para obtenção no parecer de acesso.

Público-alvo

O Banco do Brasil será o principal beneficiário, uma vez que o projeto viabiliza a redução de suas despesas a partir da geração de energia solar. Ademais, podemos citar que a sociedade foi beneficiada com a geração de empregos e, especificamente, uma creche do município, que recebeu painéis solares, instalados no telhado, o que reduziu significantemente a conta de energia.