Análise de Tendência de ICE (WQI) Modificado em Corpos Receptores: Estudo de Caso no Distrito Federal, Brasil

Resultados e Impactos

O ICE calculado a partir dos parâmetros escolhidos conforme a Resolução CRH no. 2/14, atingiu um valor de 64% a montante do lançamento, indicando que este encontra-se frequentemente em desacordo com os padrões de qualidade da água. O ICE dos pontos a jusante do lançamento da ETE apontaram que a qualidade da água encontra-se deterioradas, o que pode sugerir a existência de cargas poluidoras externas e não objeto do lançamento do efluente tratado. Para tanto, o estudo demonstrou que sobretudo nos pontos após o lançamento, que há uma necessidade de intervenção para preservar a qualidade da água do ribeirão, garantindo sua capacidade de autodepuração, incluindo o aprimoramento das condições de tratamento da ETE, assim como a fiscalização e monitoramento das áreas próximas ao manancial, a fim de garantir a qualidade do corpo hídrico para seus usos estabelecidos.

Fatores de Fracasso

Apenas adoção do ICE não é suficiente, é necessário em uma gestão dos recursos hídricos, principalmente em corpos diluidores, intervenção por meio de ações que visem preservar a qualidade do ribeirão, garantindo sua capacidade de autodepuração, incluindo o aprimoramento das condições de tratamento da ETE. Assim como, a ampliação da fiscalização e monitoramento das áreas próximas ao curso d’água, a fim de que seja possível garantir a qualidade do corpo d’água adequada aos seus mais diversos usos designados.

Fatores de Risco

Como adoção e desenvolvimento de um índice é um assunto que necessita aprimoramento, como fatores de risco, fazem necessários alguns estudos complementares: cálculo do índice considerando a sazonalidade (período seco/úmido); adaptação de outras variáveis de qualidade de acordo com o objetivo; cálculo de tendência e declinação considerando a subdivisão em trechos da curva ICE resultante; cálculo do ICE considerando cenários de mudança de classes dos corpos receptores.