Estudos
Metrocable, Teleférico de Medellín - Colômbia
Mobilidade
Teleférico urbano
Colômbia
Medellín()
Resultados e Impactos
A linha K do Metrocable beneficiou 230.000 habitantes distribuídos em 12 bairros, ligando a Zona Nordeste ao Centro da cidade, enquanto a linha J atende ainda mais pessoas: 315.000, distribuídas em 37 localidades. Reduziu o tempo médio de deslocamento de 120 para 65 minutos entre o Centro e a periferia. Para 97% da população que reside na Comuna 1, onde foram implantadas as primeiras estações da Linha K, a qualidade de vida melhorou. Do total que acha que melhorou, 45% atribui ao Metrocable a redução do tempo nos deslocamentos pendulares e 20% acredita que beneficiou aspectos culturais, sociais e de participação cidadã. Além disso, 16% também acredita que conseguiram economizar mais com a integração modal do Metrocable com o metrô (ROLDAN; ZAPATA, 2013).
Fatores de Sucesso
Sociais
Ambientais
Econômicos
Fatores de Fracasso
Leibler e Brand (2013) explicam que, não obstante a experiência inovadora, o Metrocable ainda não é usado pela maioria dos habitantes da Comuna 1, por exemplo, e que os benefícios para a economia local, valorização do uso do solo e dos imóveis se limitou ao entorno direto das estações do Metrocable. Apesar disso, os autores sublinham que esses benefícios não devem ser desconsiderados, visto que os custos relativamente baixos de implantação do teleférico compensam, apesar de eles não terem promovido uma qualificação espacial extensiva nos bairros da Zona Nordeste.
Fatores de Risco
Os mesmos autores, Leibler e Brand (2013), indicam que muito do sucesso do Metrocable também se deve ao seu aspecto simbólico mediante a transformação da paisagem de Medelim com signos de modernidade e progresso. Neste sentido, um fator de risco importante a ser mencionado é a questão do processo de gentrificação que pode desencadear nesses locais beneficiados, transformando o Metrocable mais em atração turística do que em meio de transporte por si só cujo objetivo principal é promover a integração dos espaços na cidade. Além disto, um fator de risco técnico no tocante à operação do Metrocable é o da falta de energia, que pode pôr em perigo os passageiros, uma vez que não é possível sair das cabines.
Lições aprendidas
A principal lição aprendida com a experiência do Metrocable de Medellín foi de que as prefeituras podem unir justiça social e desenvolvimento econômico através da exploração de meios de transporte alternativos, mas altamente eficientes considerando a topografia e as condições geográficas específicas. Na verdade, isso sinaliza o potencial de inovação em prol de cidades inteligentes e resilientes.
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