Estudos
Parque Orla de Piratininga
Soluções Baseadas na Natureza (NBS)
Renaturalização de margens de lagoas costeiras urbanas
Brasil
Rio de Janeiro(RJ)
O projeto do Parque Orla de Piratininga (POP), ainda em andamento, vem responder de forma inovadora às questões ecológicas e sociais da região do entorno da Lagoa, utilizando-se de soluções baseadas na natureza (SbN). A cidade de Niterói, onde está localizada a Lagoa, está investindo em adaptação e mitigação às mudanças climáticas, se tornando referência em políticas que levem à sustentabilidade, promovendo resiliência urbana e oferecendo melhor qualidade de vida e bem-estar a seus moradores. Com uma área de 685.107,70 m², o POP propõe um projeto sensível à água, com componentes de fitorremediação (alagados construídos) aplicados em escala local em diversos pontos da bacia hidrográfica em questão. SbNs como esta previnem a eutrofização de corpos d'água a partir da criação de uma infraestrutura verde multifuncional.
Custo para Implementação
Informação não disponível
Projeto financiado pelo CAF e pela Prefeitura dentro do Programa Niterói PROSustentável. A implantação vai requerer novos investimentos.
Desafios
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O parque proporciona acesso a todos os moradores da cidade, é inclusivo.
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Incentiva mobilidade limpa e ativa.
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Usa energia solar em seus equipamentos.
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Realoca moradores em situação de risco em áreas vulneráveis a inundação.
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A infraestrutura ecológica substitui redes de drenagem que são mais caras e impactantes.
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Incentiva e prioriza a cultura local, a pesca artesanal e o turismo ecológico.
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Protege as margens da lagoa que são essenciais para a sustentabilidade e resiliência do sistema urbano.
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Os alagados construídos (jardins filtrantes) purificam a água e as pessoas passam a ter mais acesso a água limpa, inclusive podendo se tornar balneável.
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Mimetiza a natureza, promovendo o ciclo hídrico.
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Soluções baseadas na natureza manejam as águas das chuvas aonde elas caem, acomodando as águas e evitando inundações e alagamentos.
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Evita desastres dando mais capacidade adaptativa ao sistema urbano em eventos climáticos impactantes.
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Promove a melhoria da qualidade das águas por meio de fitorremediação.
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Promove a melhoria da saúde das pessoas pela melhoria da saúde urbana, e incentivo a práticas de esportes e transporte ativo.
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O aumento da biodiversidade promove mais e melhores serviços ecossistêmicos.
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Oferece mais áreas verdes de melhor qualidade.
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Parques ecológicos multifuncionais são essenciais para a manutenção do funcionamento do sistema urbano, e são democráticos pois todos têm acesso a eles e aos serviços que oferece.
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O parque Orla de Piratininga visa transformar áreas degradadas, e mal cuidadas em áreas com alto desempenho ecológico e social.
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O parque circunda áreas de diversas faixas de renda, o que pode possibilitar uma maior inclusão social.
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Com a criação do parque e a limpeza das águas, haverá mais turismo ecológico na região, maior incentivo à pesca artesanal local e com isso melhoria na economia local.
Contexto
A cidade de Niterói está localizada na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, por volta de 20km do centro da Capital. A cidade é dividida pela Serra da Tiririca, cujo ponto mais alto é o pico da Rocha do Elefante com 412m de altitude. As áreas baixas costeiras se situam na Baía da Guanabara, onde está o centro da cidade, e do outro lado da Serra, onde está o sistema lagunar composto por duas lagoas: Piratininga e Itaipu. Essa é a área das praias oceânicas, zona de expansão urbana. Inicialmente foi ocupada por casas de veraneio e por várias comunidades de baixa renda, estabelecidas em áreas vulneráveis de encostas e de beira-rio. Foi construído uma nova via, a Transoceânica, que corta o maciço e liga os dois lados por meio de um túnel que prioriza o BHLS (Bus with High Level of Service), que acelerou o espraiamento urbano. A ocupação dessa região não teve um planejamento adequado e os corpos d’água sofrem com poluição pontual e difusa, e sedimentação, além das questões sociais. A lagoa oceânica de Piratininga está degradada e com suas margens muito abandonadas. Há descarga de esgotos e resíduos sólidos, que são descartados em sua bacia de drenagem. A lagoa é cercada por uma galeria de cintura – uma vala que circunda a lagoa e que recebe esgoto de conexões clandestinas ligadas ao sistema de drenagem. A galeria foi construída para prevenir que as águas contaminadas cheguem à lagoa, mas a poluição infiltra e polui a água subterrânea e a vegetação ripária. A lagoa recebe águas das sub-bacias dos rios Viração, Cafubá, Arrozal, Jacaré e Santo Antônio, com um total de 22km².
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