Rede Integrada de Transporte de Curitiba - Brasil

Metodologia

A metodologia para a implantação de uma rede integrada de transportes como a que funciona em Curitiba exige, em primeiro lugar, o desenvolvimento de um estudo de origem-destino dos passageiros de modo a identificar a demanda em relação à oferta do sistema de transporte atual. O segundo passo é a realização de um projeto de novo desenho urbano capaz de contemplar e abarcar as especificidades técnicas do sistema. Esse sistema, caracterizado como "trinário" (MACEDO; BERNARDINIS, 2019, p. 222) implica na implementação de uma via exclusiva destinada ao transporte coletivo na forma de uma canaleta central para a circulação de ônibus expresso; duas vias de tráfego lento, anexas à canaleta central e que permitem o acesso ao comércio e às residências locais; e "duas vias externas, em sentido único e contrário (centro-bairro e bairro-centro), situadas a uma quadra de distância do eixo (canaletas e vias de tráfego lentas) e chamadas de vias rápidas, permitindo o tráfego de passagem e de integração ao sistema". A isso, somam-se estudos de impactos viário e ambiental nas vizinhanças. O terceiro passo avalia e define as características funcionais do sistema (localização das estações, dimensionamento de acessos e catracas etc) de forma conciliada à etapa anterior (inspirado em LOGIT, 2011). Outros processos e ações podem estar ou vir a ser inclusos nesta metodologia conforme cada realidade local, entre outras especificidades.