Estudos
Redução de odores em reatores anaeróbios por meio da aplicação de hidróxido de cálcio em suspensão aquosa
Saneamento Ambiental - ÁGUA
Técnicas de controle de odor de efluentes de esgoto
Brasil
Paraná(PR)
Metodologia
Esta pesquisa foi realizada em escala real em uma ETE da Região Metropolitana de Curitiba, no período 14/02 a 17/07/2017. O sistema de tratamento da ETE conta com uma vazão de 150 L/s e é composto por gradeamento mecanizado, desarenador tipo ciclônico, calha parshall, três reatores UASB e lagoa aerada seguida de decantação. Como a ETE conta com três reatores idênticos, foi possível a aplicação do Ca(OH)2 em apenas um deles, o da linha 2. Os reatores da linha 1 recebem peróxido de hidrogênio (H2O2) para controle de odores, e em determinados momentos do experimento esta aplicação foi interrompida a fim de permitir uma melhor avaliação dos resultados obtidos. O sistema de dosagem instalado contou com 1 painel elétrico, 1 bomba dosadora e um silo, que trabalharam para atender às variações de dosagens de acordo com a vazão de entrada de esgoto. O produto foi aplicado na comporta de entrada do UASB da linha 2, antes do distribuidor central de vazão do mesmo. Os impactos do uso de Ca(OH)2 foram avaliados através do monitoramento da DQO, sulfetos, pH e alcalinidade, nos pontos de amostragem: afluente ao UASB (A), distribuidor central do UASB com dosagem (DC), canaleta de saída do efluente do reator com dosagem de Ca(OH)2 (CD), canaleta de saída do efluente do reator sem dosagem (SD), em ambas a coleta foi realiza antes do efluente verter, e efluente de saída da lagoa de decantação (EL). A quantidade e estabilidade do lodo foi avaliada através da determinação da concentração de sólidos totais, fixos e voláteis. As amostras foram coletadas de modo pontual e analisadas de acordo com os procedimentos de APHA (2012).O monitoramento do H2S foi realizado próximo à superfície emissora e através do mapeamento da ETE. No primeiro caso, a medição ocorreu nas canaletas principais das linhas 1 e 2 com o uso de dois aparelhos do modelo GASTEC Corporation GHS-8AT com limite de detecção de 0 a 3000 ppm, incremento de 25 ppm, medição a cada 5 segundos e armazenamento da média das concentrações a cada 5 minutos. Esse monitoramento foi realizado no período de 27/6 a 14/7 de 2017, totalizando 5028 dados de amostragem. O mapeamento do H2S foi realizado com tomada de amostras a 1 m do piso, com os aparelhos JEROME 631-X com limite de detecção de 0 a 50 ppm e o detector de gases GasAlert Micro 5 com limite de detecção de 0 a 100 ppm. Para valores inferiores a 1 ppm, foi utilizado o aparelho JEROME, que é específico para medições de baixas concentrações de sulfeto e mais acurado que o detector GasAlert. Para a análise de custo-benefício, usou-se os valores gastos com produto e entrega no local em comparação com as eficiências obtidas na aplicação; já a determinação de parâmetros de uso de Ca(OH)2 foram avaliados através das medições de sulfetos em meio líquido, vazão de produto e esgoto afluente.
Implementação
Atores
Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar)
Multi-Stakeholders
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)
Multi-Stakeholders
Governança
O controle de odores de ETEs é de suma importância para aceitação da população quanto à instalação de ETEs na proximidade de suas residências. Esta deve fazer parte das boas práticas das utilities. Para tanto, é importante desenvolver ações de conscientização e capacitação de seus técnicos e gestores.
Público-alvo
A população local é a maior beneficiária das ações desenvolvidas pela Sanepar, empresa Dyller e PUC-PR.
Elementos de Replicabilidade
Tecnologia conhecida e difundida, permitindo a capacitação de operadores de estação de tratamento de efluentes. Alerta-se para que sejam realizados estudos pilotos a priori a adoção em ETEs.
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