Seminário internacional de SbN traz experiências de outros países no tema

12/09/2024


Atualizado em 12/09/2024  |  por Equipe OICS

Os participantes do 5º Seminário Internacional de Soluções baseadas na Natureza (SbN) conheceram, hoje (4), como outros países têm utilizado essa abordagem no seu dia-a-dia. Os cases da Costa Rica, do Equador e dos Emirados Árabes foram apresentados durante painel que teve como objetivo promover a troca de experiências nos processos de implementação de projetos relacionados ao tema. O encontro foi realizado ontem (03) e hoje (04), no edifício Celso Furtado, em Brasília (DF). 

O encontro é organizado pelo CGEE, em parceria com os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA); e das Cidades. O evento conta com o apoio da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema) e da Aliança Bioconexão Urbana. A iniciativa reuniu especialistas, autoridades e representantes de instituições que compartilharam as suas experiências e conhecimentos sobre as SbN, abordando o papel crucial dessas soluções na superação dos desafios sociais, econômicos e ambientais do país.

A assessora técnica da Agência de Cooperação Alemã (GIZ), Cristiane Borda, destacou a importância de analisar as experiências internacionais, especialmente na América Latina. Na sua opinião, entender os desafios e as soluções desses países pode fornecer insights valiosos para a adaptação e expansão dessas práticas no Brasil. 

Borda apontou algumas similaridades e desafios entre esses países e o Brasil, em termos de como as SbN são propostas para enfrentar múltiplas frentes, como a própria mudança do clima, a diminuição da biodiversidade, a questão da justiça social e na implantação das soluções, sejam na forma de projetos, obras ou manutenção. Outra semelhança diz respeito à articulação dos diversos atores no território. "Às vezes, isso envolve mais de uma prefeitura, com o governo nacional, a sociedade civil e a iniciativa privada. Precisamos ter um arranjo de governança que traga todo mundo para trabalhar junto e isso geralmente é coordenado pelo poder público", afirmou. 

A assessora técnica ressaltou, ainda, a importância de levar a população que mora nesses lugares para cuidar desses espaços e participar de todas as etapas de implementação do projeto, mas depois cuidando, analisando os resultados, até para ver o que não está funcionando bem, o que pode melhorar e o que precisa mudar. "Percebemos que essa população consegue ter outros retornos, inclusive econômicos, de serviços ecossistêmicos, como vimos na Costa Rica, com a criação de abelhas, o próprio ecoturismo, que gera empregos para a sociedade", lembrou. 

Sobre esse país, a representante da GIZ destaca o fato de ser uma nação pequena, mas com muita biodiversidade, com várias áreas protegidas. Ela lembra que o Brasil, apesar de ter dimensões continentais, com muitas áreas semelhantes, ainda lida com os questionamentos em torno desses territórios e de suas populações tradicionais. "Precisamos gerir essas áreas e integrá-las no dia-a-dia dessas pessoas. Além disso, ligar esse mosaico de áreas protegidas por meio de corredores biológicos, que é o que a Costa Rica está fazendo, com a comunidade e a iniciativa privada", afirmou.

Para quem não conseguiu participar do evento ao vivo, o seminário está disponível no youtube:

1º DIA Seminário Internacional de Soluções baseadas na Natureza  https://www.youtube.com/watch?v=BYviSwWFnA4

2º DIA Seminário Internacional de Soluções baseadas na Natureza  https://www.youtube.com/watch?v=lYe6gD1FE2c