Soluções
Solução aplicável em:
Cidades de pequeno porte
Cidades de médio porte
Cidades de grande porte
Solução aplicável nas regiões:
Nível de maturidade da solução
Ideação e pesquisa
Aplicada em escala piloto
Disponível comercialmente e aplicada
Amplamente disseminada
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Tipo de Investimento
Informação indisponível
Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Esta solução não contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Justificativa
A solução não está diretamente relacionada à redução da emissão de gases de efeito estufa.
A solução apresenta pavimentos permeáveis que permitem a drenagem e o manejo eficiente das água pluviais. O material utilizado para a confecção do pavimento permeável tem alta porosidade e facilita o escoamento e a infiltração da água no solo. Segundo Gonçalves e Oliveira (2014), os pavimentos permeáveis podem ser classificados conforme a sua composição e conforme a infiltração, respectivamente. Em relação à composição, temos: 1. Pavimentos de asfalto poroso (CPA): a camada superior do asfalto não possui a areia fina, apresentando de 18 a 25% de espaços vazios; 2. Pavimento de concreto poroso: similar à CPA, com 15% a 25% de espaços vazios; 3. Pavimento de blocos de concreto vazado: são colocados sobre areia e preenchidos com grama; 4. Pavimento de blocos de concreto e paralelepípedos: dependem da porosidade do bloco e apresentam menor permeabilidade. Conforme a infiltração, temos: 1. Pavimento com infiltração total: tem alta permeabilidade; 2. Pavimento sem infiltração: com sistema de drenagem por tubos perfurados e espaçados que conduzem a água para uma rede de drenagem; 3. Pavimento com infiltração parcial: permeabilidade parcial, necessita de sistema de drenagem. A solução traz alternativas para aumentar a permeabilidade dos solos urbanos, tendo como resultado, um equilíbrio sustentável para as questões relacionadas ao saneamento e uso adequado do solo. Mais do que isso, aumenta a resiliência das cidades às enchentes e inundações, particularmente causando benefícios para populações mais expostas a estes eventos extremos.
O Problema
A urbanização e o crescimento desordenado das cidades, sem o planejamento urbano adequado do uso do solo, impede a drenagem urbana, tendo como consequência o aumento de ocorrência das enchentes e inundações. Em contrapartida, a falta de permeabilidade do solo impede o escoamento para os lençóis freáticos e aquíferos subterrâneos. Este desequilíbrio impacta negativamente a qualidade de vida nas cidades. A alta taxa de impermeabilização do solo das cidades, principalmente de cidades de grande porte, leva à sobrecarga do sistema tradicional de drenagem urbana, causando enchentes e erosão do ambiente construído. Além disso, a utilização do sistema tradicional de drenagem urbana leva as águas pluviais a escorrerem por longas distâncias na superfície da cidade antes de alcançarem os canais de drenagem, levando à contaminação da água e potencial poluição de cursos d'água. A tendência desse problema é de se tornar cada vez mais grave com o crescimento das cidades. Dados da Juntos pela Água (2017) mostram que as mudanças climáticas e o aquecimento do planeta causaram eventos extremos ao redor do globo, como secas prolongadas e chuvas torrenciais. Entre 2007 e 2017 foram gastos US$ 200 bilhões anualmente e o prejuízo pode chegar a US$ 24 trilhões até 2100. O saneamento é mais prejudicado com as mudanças extremas; pela ineficiência do sistema, durante as enchentes, ocorrem a inundação contaminada, poluição dos mananciais e os danos à infraestrutura; durante o período de secas, a recarga das águas subterrâneas diminui e, como consequência, as reservas estratégicas ficam sobrecarregadas, o que pode causar o aumento da tarifa aos consumidores.
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