A recuperação de áreas degradadas se dá por meio de um conjunto de atividades que devem ser implantadas no local da intervenção, com o objetivo de estabilizar e propiciar o retorno da paisagem ao seu estado original. Os procedimentos de restauração de uma área iniciam-se com um diagnóstico da região degradada, identificando-se as características do local a ser recuperado. Em seguida devem ser definidas as metas e objetivos a serem alcançados. Após a aplicação do plano de recuperação, deve-se monitorar a área recuperada. Muitas podem ser as técnicas aplicadas para a recuperação de áreas degradadas, entre as quais vem ganhando destaque o uso de bolas de sementes. Estas são utilizadas para o reflorestamento, tratando-se de pequenas bolas feitas com substratos orgânicos, argila e sementes, que objetivam proteger as sementes de pequenos predadores, como pássaros e roedores, aguardando as primeiras chuvas para que possam ser absorvidas no solo e iniciem a sua germinação. Por sua vez, a muvuca de sementes consiste na mistura de sementes agrícolas e florestais em que são combinadas diferentes espécies para propiciar o desenvolvimento das árvores. Essas sementes são misturadas com adubo e areia, sendo assim espalhadas sobre a superfície do solo. Essas soluções se mostram eficientes no processo para o florestamento de grandes áreas degradadas em cidades, combate à desertificação e na permacultura. O processo possibilita o reflorestamento em grande escala, sem a necessidade do plantio individual das áreas degradadas. Uma das ações possíveis consiste em atirar as bolas de sementes do ar em locais de difícil acesso. Portanto, essas soluções podem ter grande aplicação sobre a ampliação de áreas de florestas e reflorestamento em áreas urbanas. A recuperação dessas áreas leva a benefícios como interceptação da luz solar, contribuição para o conforto acústico; efeitos sobre a umidade do ar; capacidade de filtração/retenção de materiais particulados em suspensão na atmosfera; ação sobre a saúde do homem, entre outros. Ademais, aumentam a resiliência das cidades a eventos extremos, assim como mitigam emissões de gases de efeito estufa em face ao sequestro de carbono pelas florestas.