Nos dias atuais não basta apenas realizar a remoção da matéria orgânica do esgoto sanitário para que este possa ser considerado tratado. Há necessidade de alta qualidade de tratamento, o que significa que este efluente tratado possa ser reutilizado e que não cause impacto, principalmente em seus corpos receptores. Caso este exemplificado por concentrações "aceitáveis" (concentração de fósforo aceitável pela legislação), que mesmo assim são capazes de desencadear problemas como eutrofização. Um dos métodos que vem sendo aprimorados é a a remoção físico-química de nutrientes, principalmente o fósforo, por coagulação química durante o processo de tratamento de esgoto. A solução é baseada na tecnologia de Estações de Tratamento de Efluentes (ETE) por lodos ativados, com aeração prolongada, que pode ser adaptada para a remoção de nitrogênio. Esse processo ocorre por meio da indução de processos de nitrificação e desnitrificação simultâneas, resultando em uma elevada eficiência do processo e redução no consumo de energia elétrica para aeração. Vale destacar que o nitrogênio pode apresentar em diferentes formas de compostos devido ao seu elevado número de estados oxidativos. No meio ambiente, o nitrogênio encontra-se mais frequentemente na forma de amônia, amônio, nitrato ou nitrogênio gasoso. As substâncias orgânicas nitrogenadas podem ser degradadas por bactérias decompositoras gerando amônia, enquanto o nitrogênio gasoso na atmosfera pode ser convertido em amônia através de bactérias fixadoras de nitrogênio. O lançamento de efluentes ao recurso hídrico, deve obrigatoriamente atender aos padrões do seu corpo receptor, bem como as legislações vigentes. São necessárias ações para garantir e fiscalizar essa necessidade, para tanto existem órgãos fiscalizadores que cobram padrões limitantes de descarga de determinados compostos no corpo receptor visando a integridade da saúde humana e do meio ambiente, exemplo de ações é a resolução 357/2005 do CONAMA. Um dos compostos presentes no efluente que necessitam ser removido é o nitrogênio, uma vez que este pode causar processo de eutrofização e formação de substâncias nocivas ao equilíbrio aquático.