Artigo Estudos de Caso

Trata-se da Dafne Schippers, uma ponte exclusiva para o trânsito de bicicletas e pedestres que atravessa o Canal Amsterdã – Reno na cidade holandesa de Utrecht e liga a cidade a um novo distrito proporcionando uma conexão entre o centro antigo e o novo distrito. A proposta é inovadora pelo fato de passar sobre o telhado de uma escola de ensino fundamental e um jardim urbano aberto ao público. A ponte permitiu a integração da escola com o jardim e o bairro criando uma coesão e unidade na paisagem urbana da região. Se tornou um espaço de encontro dos moradores locais. O projeto é do escritório de arquitetura NEXT Architects e Rudy Uytenhaak + Partners Architecten. A ponte tem 110 metros e está suspensa a nove metros de altura. Segundo dados da prefeitura 7.000 ciclistas usam a ponte todos os dias (Stevens, 2018).

Custo para Implementação

Informação não disponível

Desafios

  • Especialmente neste estudo de caso a ponte permitiu o fácil e rápido acesso entre o bairro e uma região mais central da cidade.

  • Infraestrutura cicloviária está diretamente ligada ao estímulo ao uso de bicicletas.

  • As bicicletas contribuem diretamente com a diminuição dos gases de efeito estufa, uma vez que, não utilizam combustíveis fósseis.

  • A nova ponte permitiu integração completa entre diferentes distritos da cidades e promoveu a mobilidade urbana ao ligar bairro e centro.

Motivação

A iniciativa visa conectar os distritos de Leidsche Rijn e Oog in All passando sobre o canal Amsterdã – Reno e garantir a conexão rápida entre o centro antigo e os novos distritos. O projeto foi iniciado em 2013 como parte do projeto de mobilidade urbana sustentável da cidade e visa tornar o novo distrito um espaço atrativo para os novos moradores. O nome foi dado em homenagem a uma reconhecida atleta holandesa que morava no bairro de Oog in All.

Contexto

A cidade de Utrecht, uma das quatro maiores da Holanda e com uma característica de ser uma cidade Universitária, tem um trânsito diário de mais de 125.000 ciclistas (Prefeitura de Utrecht, 2015). O grande movimento diário de ciclistas coloca a cidade entre uma das mais movimentadas em termos de trânsito de ciclistas no país. Este movimento fez com que a cidade também se organizasse em temos de estrutura cicloviária para absorver tamanha demanda. Utrecht é reconhecida como cidade amiga da bicicleta (bike-friendly city) e para chegar onde está criou um programa chamado we all cycle!’ Action Plan para o período de 2015 – 2020. Entre várias iniciativas estão o maior bicicletário do mundo (Stationsplein Parkin) para 12.500 bikes; 9.500 estacionamentos para bicicleta na cidade; ciclovias, ciclofaixas e ruas exclusivas para ciclistas; conexões regionais para os ciclistas com o transporte público e um sistema digital que ajuda os ciclistas a identificarem vagas para estacionar as bicicletas na cidade (Prefeitura de Utrecht, 2015). Nos anos 90 uma nova área residencial foi criada com o objetivo de acomodar 100.000 e a nova área tinha o canal Amasterdã – Reno como a principal barreira de integração entre as duas áreas. Com o desenvolvimento da nova área e a chegada de novos moradores a criação de infraestrutura para conectar as duas margens do canal se tornou emergencial (Bicycle Dutch, 2017). Também criaram espaços urbanos que fomentassem o uso das bicicletas em detrimento dos carros com ampliação das praças e espaços de uso comunitário. Isto tornou o centro da cidade mais amistoso e estimulou as pessoas a andarem mais a pé e de bicicleta.