Estudos
Escadarias Drenantes em assentamento na cidade de Salvador-BA
Ambiente Construído
Escadas Drenantes
Brasil
Bahia(BA)
Como alternativa aos sistemas tradicionais de drenagem que utilizam tubos e calhas, foram desenvolvidas escadas drenantes como uma solução híbrida para atuar simultaneamente como canal de drenagem de águas pluviais e vias de pedestres em uma áreas de encosta ocupadas irregularmente. Este estudo de caso toma como base o trabalho de avaliação das escadarias em Salvador feito por Lúcio Mangieri. Segundo o autor as escadas drenantes foram desenvolvidas pelo Arquiteto João Filgueiras Lima - Lelé em 1979 na cidade de Salvador e consistem em uma calha de seção retangular pré-moldada em argamassa armada onde são apoiados degraus, que são placas de cobertura, também pré-moldadas. A coleta de águas pluviais se dá por meio de orifícios laterais (sistema tipo guelra de peixe) e por aberturas entre as placas de cobertura.
Custo para Implementação
Informação não disponível
As ações do poder público quanto aos assentamentos precários foram de tolerância, uma vez que as periferias acabaram constituindo uma solução para a questão de moradia popular no Brasil. As mobilizações sociais e as lutas por moradias adequadas no final da década de 1970 orientaram os rumos da política habitacional quanto às demandas populares. Nesse momento surgiram iniciativas de governos estaduais e municipais dirigidas por programas de urbanização de assentamentos precários, com o apoio do governo federal e recursos próprios.
Desafios
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O sistema de escadas drenantes implantado nas áreas de encostas atua na captação de águas pluviais e as conduzem as águas de forma adequada para outros sistemas de drenagem integrados, evitando o acúmulo e empoçamento. Em áreas adensadas e muito ocupadas equipamentos urbanos associados como escadas drenantes que servem de escadarias para pedestres e de sistema de drenagem de águas pluviais permite o acesso às residências durante as precipitações.
Contexto
Na década de 1970, as comunidades periféricas da cidade de Salvador tinham condições sanitárias extremamente precárias onde os resíduos sólidos e esgotos eram lançados diretamente sobre o solo a céu aberto. O crescimento espontâneo dos assentamentos se materializou com a massa de construções informais e irregulares espalhadas sobre os taludes e áreas alagadiças da cidade. Os desníveis topográficos e a densidade das áreas ocupadas estabelecem limitações construtivas que impactam o funcionamento hidráulico dos sistemas de drenagem. As vias reduzidas, a topografia e a precariedade das habitações desses assentamentos urbanos são aspectos limitantes quanto à escolha do sistema a ser implantado. A solução das escadarias drenantes surgiu para somar ao demais sistemas e elementos urbanísticos da cidade e prevenir possíveis erosões nas encostas devido às precipitações nos locais de ocupação espontâneas. Durante a década de 1970, as ocupações espontâneas na cidade de Salvador criaram um padrão de enorme impacto sobre o meio ambiente e aspectos como urbanidade, e qualidade de vida da população. As diversas formas de ocupações informais e o seu entorno imediato foram estudadas e mapeadas. As informações e dados do levantamento representavam a realidade da periferia da cidade, o diagnóstico das áreas de ocupações desordenadas mostrava demandas por soluções integradas que minimizassem os problemas das comunidades. A população desses assentamentos enfrentava problemas diários de acessibilidade a serviços e equipamentos públicos pela falta de infraestrutura mínima. (Mangieri, 2012)
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