Estudos
Inserção técnica e comercial de veículos elétricos em frotas empresariais da Região Metropolitana de Campinas
Mobilidade
Frota corporativa com sistema de recarga de veículos elétricos
Brasil
São Paulo(SP)
Metodologia
O projeto de mobilidade da CPFL vem se implementando desde o ano 2007 acompanhando o desenvolvimento dos veículos elétricos, das baterias e da infraestrutura de carregamento. Foram realizados alguns projetos, como desenvolvimento de veículos elétricos, de bateria, de eletropostos, importação de modelos elétricos prontos (carros e motos) e associação com players também pioneiros em Mobilidade Elétrica. Em 2008 foram realizados os primeiros testes com scooters elétricas. Em 2009 se formaram parcerias no projeto de veículos elétricos de Itaipu - eletrificação do modelo Palio Weekend; e importação de veículos elétricos da Think City para uso da CPFL Energia. Já em 2010 foi desenvolvido um protótipo utilitário pequeno 100% nacional em parceria com o grupo Edra. Em 2011, foram realizados testes com os Correios em Campinas por 9 meses. Em 2014, a CPFL finaliza o projeto iniciado em 2007 que tinha como objetivo o entendimento da tecnologia - bateria, eletroposto e veículo - com 14 veículos. Foi criado, em 2013, o projeto de Pesquisa e Desenvolvimento “PA0060 – Inserção Técnica e Comercial de Veículos Elétricos em Frotas Empresariais da Região Metropolitana de Campinas”, patrocinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), com o objetivo de entender os impactos que essa tecnologia causa na rede de energia, no planejamento energético, bem como em questões de infraestrutura de recarga e novos modelos de negócios. Em 2014 foram importados os primeiros veículos 100% elétricos da marca Renault para o desenvolvimento do laboratório real. Já em 2015, com o objetivo de criar personalidade e dimensão para o programa em todo o território brasileiro, foi criada uma marca para o projeto Emotive. Em 2016, o projeto Emotive iniciou o ano com novas parcerias e novos veículos elétricos.
Implementação
Atores
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD)
Público-Privada
Daimon
Público-Privada
Unicamp
Governamental (de cima para baixo)
Natura
Público-Privada
3M
Público-Privada
Instituto CCR
Público-Privada
Rede Graal
Público-Privada
Shopping Iguatemi
Institucional/Privada
Governança
O desenvolvimento do mercado foi incentivado com diferentes políticas: (i) implantação de pontos de carregamento, (ii) bonificação para aquisição de veículos elétricos, e (iii) facilidades para deslocamento em ambiente urbano. No Brasil, a quantidade de veículos elétricos ainda é pequena, com aproximadamente 400 veículos elétricos plug-in, os quais possuem conexão para recarga na rede elétrica. O desenvolvimento do mercado brasileiro tende a seguir de forma distinta ao dos países desenvolvidos, com pouco incentivo e política de expansão limitada, de forma que se espera que a massificação ocorra mais tardiamente. O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) foi responsável pela execução do projeto, auxiliando na implantação e manutenção do laboratório real de mobilidade elétrica, além de contribuir na definição e acompanhamento de estudos técnicos, econômicos e de regulação e políticas; a Daimon foi, também, entidade executora, concentrando-se na avaliação dos impactos tarifários para os consumidores das distribuidoras CPFL Paulista e Piratininga. O Instituto CCR, a Natura e a 3M eram empresas parceiras que utilizam os veículos elétricos; a Rede Graal e o Shopping Iguatemi são empresas que possuem eletropostos em seus estabelecimentos.
Público-alvo
O benefício direto, em principio, é para as empresas participantes do projeto, visto que as frotas destas empresas passaram a utilizar VEs. No entanto, podemos considerar que a população de Campinas também se beneficia indiretamente, visto que há uma redução nas emissões de GEE.
Elementos de Replicabilidade
Quando houver massificação dos veículos elétricos, a nova curva de carga modificará as condições operacionais e de planejamento da rede elétrica, agravando impactos técnicos como: (i) queda da magnitude de tensão, (ii) aumento do desequilíbrio de tensão, e (iii) sobrecarga de condutores e transformadores. Para mitigar os impactos técnicos, três classes de soluções podem ser utilizadas: (i) reforço de infraestrutura da distribuição, (ii) utilização de tarifas horosazonais, e (iii) recargas inteligentes de veículos elétricos. Dentre elas, os reforços de infraestrutura são as ações que mais dependem da concessionária. Entre as ações de reforços de infraestrutura, as soluções mais comuns são a elevação do tap do regulador de tensão da subestação, substituição de transformador, recondutoramento e o desmembramento de circuito.
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