Estudos
Mercado Municipal de São Paulo
Ambiente Construído
Mercados públicos
Brasil
São Paulo(SP)
Metodologia
A partir de sua reforma em 2004, o Mercado Municipal de São Paulo deve ser compreendido na sua forma clássica de mercado antigo e histórico com espaços populares e com vendas de bens mais comuns e na sua forma moderna, na qual o público alvo são os turistas (ROIM, 2016). A restauração do edifício e a construção de novos espaços estavam ligados à remodelagem do centro histórico de São Paulo. Fomentar o turismo popular foi uma estratégia de gestão da cidade, onde o processo de mudança nos modos de consumo e a atração turística modificaram os hábitos dos cidadãos paulistanos, atraiu novos turistas para o mercado e região e transformou o espaço urbano. Com a modernização do mercadão, o gerenciamento dos espaços tornou-se mais complexo, uma vez que novos fluxos de usuários foram gerados. No pavimento térreo manteve-se o funcionamento original, enquanto que no mezanino criado foram instalados restaurantes diferenciados em duas categorias, os fechados e os abertos, seguindo o modelo das praças de alimentação dos centros comerciais. Por meio de escadas rolantes e elevadores, o mercado passou a conectar um mezanino de 2 mil m² ao térreo. A integração entre o mezanino e a área do Mercado foi pensada para não oprimir o espaço no térreo. No subsolo foram instalados vestiários para os funcionários e áreas complementares às docas de carga e descarga de mercadorias, situadas na fachada posterior do edifício.
Implementação
Atores
Prefeitura de São Paulo
Governamental (de cima para baixo)
Governança
O Mercado de São Paulo é um espaço criado na década de 30 com o objetivo de abastecer a população da época. Com o crescimento da cidade e com as mudanças nos padrões econômicos e sociais, o Mercadão precisou passar por transformações que modificaram seu conceito, ou seja, os responsáveis por sua administração direcionaram estratégias para mantê-lo atualizado em atender às demandas vigentes. O conceito passa do originalmente mercado distribuidor de alimentos para mercado turístico. Diante dessa nova perspectiva, medidas de gestão foram desenvolvidas para introduzir tal característica, almejando um novo nicho de mercado, partindo da ideia de identidade do local. Assim, a história do Mercado agrega valor às atividades ali desempenhadas. O projeto de recuperação e requalificação do Mercado Municipal Paulistano não se limita somente ao edifício em si, ainda que este seja a meta principal, mas à área de entorno, estagnada em conseqüência das relações que a região mantém com o Mercado. Sua requalificação visa também a promoção do desenvolvimento da micro região através da regeneração do tecido urbano e econômico por meio da renovação física e programática do edifício e de seu entorno imediato. O projeto de Requalificação Espacial do Mercado Municipal Paulistano destaca-se pela importância na função urbana que historicamente representa.
Público-alvo
Cidadãos paulistanos e turistas.
Elementos de Replicabilidade
A implementação de equipamento de mercado pode ser pensado para recuperação de um centro urbano.
Implementação de sistema de infraestrutura de mercado capaz de adequar todas as instalações necessárias ao funcionamento atual e futuro do Mercado é uma projeção de futuro importante em questões de governança.
A conservação e restauro de espaços de mercado existentes deve estar alinhada com as demandas contemporâneas da sociedade atual.
Destacar as qualificações arquitetônicas de um edifício de mercado marca a importância do lugar, como iluminação interna ambiental e iluminação externa da arquitetura.
A qualidade dos espaços internos e externos deve ser pensado para as circulações de usuários pedestres.
A acessibilidade local pode e deve integrar questões de urbanização e sistema viário.
O local de mercado, quando possuir uma estrutura arquitetônica fixa, deve abranger toda a infraestrutura necessária (água, esgoto, drenagem de águas pluviais, elétrica, telefonia, lógica, proteção a incêndio).
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