Estudos
Parques Lineares: Estudo de caso do Córrego Ponte Alta - Taboão da Serra - Brasil
Saneamento Ambiental - ÁGUA
Manejo de águas pluviais: Parques lineares
Brasil
São Paulo(SP)
Este estudo de caso tem como fonte o trabalho da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental – PHA, que consiste na análise de área para implantação do parque linear no Córrego Ponte Alta e a sua bacia hidrográfica. O trabalho destaca que como a área ainda não é consolidada, apresenta maiores possibilidades de projeto e estudo da drenagem. A bacia está localizada a sudoeste de Taboão da Serra, próximo a Embu das Artes e possui uma área total de 2,71km². O córrego é o principal afluente do Córrego Poá seu percurso é: Córrego Ponte Alta -> Córrego Poá -> Córrego Pirajuçara -> Rio Pinheiros -> Rio Tietê. Ademais o córrego apresenta problemas de inundação em alguns pontos. Na maior parte do seu curso ele se encontra em canalização de calha com pequenas margens que separam o córrego das vias. Nos trechos finais ele está confinado entre dois muros de lotes industriais, em outros casos ele se encontra canalizado e tamponado sob o viário ou habitações precárias.
Custo para Implementação
Informação não disponível
Não se aplica ao estudo de caso, porém podem ser apontados bancos internacionais que realizam financiamento nessa linha.
Desafios
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Os parques lineares permitem maior área de infiltração o que resultam em uma recarga mais eficiente da águas subterrâneas.
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Parques lineares permitem que a sociedade volte a se conectar ao meio ambiente, pensando em melhoria constante da manutenção do ecossistema, evitando lançamento de lixo e efluentes não tratados no manancial, uma vez que estes poderiam inviabilizar área de lazer e o parque em si.
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Parques lineares retardam pico de cheia e evitam inundações de áreas a jusante do manancial.
Contexto
Segundo o Plano Diretor de Macrodrenagem (Plano de Macro Drenagem na Bacia Hidrográfica do Alto Tiete, 1998) do município, o córrego possui predominantemente ocupação urbana residencial em suas margens; tal alteração ambiental provocou problemas de assoreamento em seu leito. No fim de seu curso, existe um reservatório de amortecimento de cheias: o Reservatório Portuguesinha com 120 mil m³ de capacidade de armazenamento. Na bacia existem duas áreas de inundações devido à insuficiência dos bueiros. Essas áreas são chamadas de 8 e 9 pelo Plano de Macro Drenagem, que propõem medidas estruturais de drenagem para as mesmas. Área 8: É uma situação em que o curso do córrego está próximo de casas populares de estrutura improvisada, o que acarreta em risco à saúde e segurança dos moradores quando ocorrem inundações. A solução apresentada é de canalização sob viário, desviando seu curso natural, além de propor-se que haja medidas preventivas e relação às habitações para que novas áreas não sejam ocupadas. Área 9: A área possui estreitamento da calha, o que causa, frequentemente, alagamento da via. Segundo o diagnóstico, já houve obras de canalização da área que seriam suficientes para a vazão contribuinte, assim, não há propostas para essa área. Medidas de controle não estruturais: além das propostas apresentadas, o Plano propõe medidas não estruturais complementares para que os resultados sejam duradouros, são essas: Programa de Limpeza e Manutenção dos Reservatórios de Amortecimento; Combate ao Assoreamento dos Córregos; Melhoria Dos Sistemas De Drenagem, Água, Esgoto e Coleta de Resíduos; Programas de conscientização da população quanto do despejo de Lixo nos locais corretos; Programa de Incentivo à prática de esportes nas áreas de lazer previstas no Plano. Deve ser ressaltado que estas ações já foram realizadas, porém passaram por fase de planejamento, audiência publica e execução.
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