Projeto de Restauração Florestal e Ecológica da Suzano S.A. em suas propriedades no Estado de São Paulo

Metodologia

No seu programa de restauração das propriedades localizadas no Estado de São Paulo, a Suzano S.A. contratou a Casa da Floresta Ambiental para fazer o projeto de diagnóstico e monitoramento da restauração em áreas da Mata Atlântica e de cerrado. O projeto atendeu às orientações da legislação brasileira e do Estado de São Paulo. Foram avaliados 4.234,80 hectares de área que foram divididas em 3.329 polígonos para otimizar o trabalho. O procedimento por polígonos possibilita saber se a restauração está sendo bem sucedida, haja vista cada área apresentar situações particulares quanto à regeneração natural. Na elaboração do diagnóstico foram considerados alguns indicadores ecológicos como a densidade de indivíduos, o número de espécies nativas regenerantes, os fatores de degradação, o estado de conservação da área e o uso do solo no seu entorno. Tendo como base o resultado do diagnóstico foi avaliado o potencial de resiliência das áreas, mapeadas as situações ambientais de cada área, e recomendado ações apropriadas para nove categorias de uso da terra e cobertura vegetal, sendo vegetação nativa, áreas abertas, áreas ocupadas por pinus, plantios comerciais, árvores exóticas recém colhidas, áreas com eucaliptos abandonados e regeneração de sub-bosque nativo, áreas com árvores exóticas aneladas(para permitir o retorno da regeneração natural). Uma vez realizadas as ações de regeneração, iniciou-se o período de monitoramento por um ano, em que foi possível identificar se os fatores de degradação estavam sendo combatidos observando-se a evolução da regeneração natural. O monitoramento fornece subsídios para a necessidade ou não de intervir na restauração de alguma área. Quanto ao manejo foi proposto o método de restauração passiva que compreende abandono da área (para as áreas de vegetação nativa em estágio avançado), acompanhamento periódico e condução da regeneração natural, e o método de restauração ativa que compreende plantio parcial de mudas nativas, plantio total de mudas nativas, retirada do plantio de eucalipto e controle da erosão. Na avaliação final, foi possível identificar uma tendência geral: as áreas apresentaram alto índice de densidade de árvores nativas e diversidade de espécies nativas na regeneração natural das áreas.