Artigo Estudos de Caso

Projeto MeyGen

Metodologia

Energia

Geração com Energia das Marés

Grã-Bretanha (Reino Unido, UK)

Escócia(PR)

Metodologia

A primeira fase do projeto MeyGen (Fase 1A) envolveu a implantação de quatro turbinas No. 1.5MW instaladas em estruturas de apoio a turbinas gravitacionais como parte da estratégia de implantação e monitoramento do MeyGen e atuará como um precursor para o desenvolvimento do restante. Cada turbina está localizada em uma fundação individual com peso entre 250 e 350 toneladas, acoplada a 6 blocos de lastro com peso de 1.200 toneladas, que fornecem estabilidade horizontal ao longo da vida útil da turbina. Além disso, cada turbina tem um cabo de matriz submarino colocado diretamente no fundo do mar e trazido para terra através de um furo perfurado horizontalmente direcional dentro da rocha. O Projeto Stroma é a fase 1B e consiste em um hub submarino, que permitirá que várias turbinas sejam conectadas a um único cabo de exportação de energia. Isso reduzirá significativamente os custos associados à conexão à rede. O comprimento do cabo de exportação de energia, bem como a quantidade de equipamentos de conversão em terra necessários para a conexão da rede, serão significativamente reduzidos, assim como a quantidade de perfuração direcional horizontal e a quantidade de tempo de embarcação necessária para a instalação do cabo. Na fase 1C serão construídas mais 49 (73,5 MW) turbinas a um custo estimado de £420 milhões. As fases 2 e 3, que ainda estão em desenvolvimento, propiciarão a conexão das turbinas à rede. Todo este processo metodológico e os resultados do Meygen estão disponíveis em inglês no website https://simecatlantis.com/projects/meygen/.

Implementação

Atores

Atlantis Resources Limited

Multi-Stakeholders

Scottish Enterprise

Público-Privada

Departamento de Energia e Mudança Climática do Reino Unido (DECC)

Governamental (de cima para baixo)

The Crown Estate

Governamental (de cima para baixo)

Highlands and Islands Enterprise (HIE)

Governamental (de cima para baixo)

Fundo de Investimento em Energia Renovável da Escócia (REIF)

Governamental (de cima para baixo)

Governança

Cerca de 85% do projeto MeyGen é de propriedade da Atlantis Energy e irá gerar quase 400MW de energia totalmente renovável, exclusivamente pelo movimento das marés. O financiamento da primeira fase do projeto envolve organizações e empresas tais como a Atlantis Energy, The Crown Estate, o Departamento de Energia do Reino Unido e a Climate Change and Highlands and Islands Enterprise. Por se tratar de uma tecnologia ainda em desenvolvimento, a implementação de uma usina maremotriz ainda traz incertezas, se comparada com outras alternativas disponíveis e já consolidadas. Dado o alto investimento necessário, é fundamental o estabelecimento de parcerias entre entidades governamentais, privadas ou mistas.

Público-alvo

Podemos considerar como principal beneficiário do projeto a população do Reino Unido de maneira geral.

Elementos de Replicabilidade

Especialistas assumem que para uma instalação maremotriz offshore seja viável economicamente, as correntes devem ter velocidades médias próximas a 2,5 m/s a uma profundidade de 30 a 40 m.

Este tipo de tecnologia é uma aplicação de geração de energia maremotriz offshore e propõe a instalação de turbinas em regiões sujeitas às correntes de maior velocidade. Sua previsibilidade depende preponderantemente da ação gravitacional combinada da Lua e do Sol sobre os oceanos. Isto facilita e torna mais precisa a previsão da produção de energia nos estudos de viabilidade, além de eliminar a necessidade de serem previstos back-ups termoelétricos.

A ferramenta foi pensada para funcionar modularmente, sendo assim, novas plantas podem ser integradas sem maiores contratempos.

Segundo a empresa SeaGen S da Marine Current Turbines Ltd. (uma empresa do grupo Siemens), uma das primeiras empresas em testar este tipo de tecnologia, a geração de energia eletrica atingiu o dobro da eficiência de instalações eólicas equivalentes. Entre 2008 e 2013 gerou 8GWh de eletricidade em águas rasas (30m de profundidade) e produz energia a partir de velocidades de 1m/s, com o pico de geração aos 2,5 m/s.