Artigo Estudos de Caso

Urbitá - um novo bairro para a cidade de Brasília-Brasil

Metodologia

Ambiente Construído

Cidade compacta: Quarteirão fechado

Brasil

Distrito Federal(DF)

Metodologia

Os quarteirões serão implementados seguindo o modelo do bloco circundante à quadra, conhecido como bloco perimetral. Esse é o modelo das cidades tradicionais de crescimento lento como Barcelona. Na cidade tradicional a construção do conjunto edificado se dá a longo prazo e ocorre por meio de edifícios geminados. Nas ocupações modernistas, como no caso das Superquadras de Brasília (1960), ou das manzanas da Vila Olímpica de Barcelona (1992) ocorre uma mudança na definição da unidade de parcelamento, na qual o bloco configura uma única unidade de parcelamento.No Urbitá cada quarteirão será uma unidade de parcelamento. A implantação seguirá a seguinte sequência: 1. Parcelamento (elaboração do projeto de parcelamento e comercialização dos lotes) 2. Urbanização (após a formalização do parcelamento e início do processo de ocupação, deverá ser executado o espaço de circulação e demais espaços públicos) 3. Edificação (as edificações serão desenvolvidas gradativamente, à medida que o bairro vá se consolidando) A Urbanizadora pretende recuperar o valor da urbanização como etapa precedente à implantação das edificações.

Implementação

Atores

Governo do Distrito Federal

Governamental (de cima para baixo)

Urbanizadora Paranoazinho

Institucional/Privada

Governança

O projeto foi desenvolvido pela iniciativa privada, representada pela Urbanizadora Paranoazinho, proprietária da área. É importante mencionar que uma área equivalente à do projeto é ocupada por condomínios irregulares, e a atividade de regularização dessas áreas é uma das prioridades da empresa. Percebe-se a preocupação em estabelecer um domínio legal que possa amparar o projeto em marcha e viabilizar a integração do novo bairro com os demais existentes. Dessa forma, tem se estabelecido uma parceria importante entre a empresa e o setor público, na qual a primeira implementa um modelo de planejamento participativo a fim de viabilizar a regularização fundiária de maneira inclusiva, e por outro lado o governo se mostra mais receptivo frente à proposta de um bairro inovador. Ainda assim, seria importante que o governo assumisse maior protagonismo no que se refere às discussões sobre o novo bairro, e a oportunidade fosse aproveitada para questionar padrões de ocupação vigentes que perpetuam o modelo da cidade como espaço de segregação.

Público-alvo

Novos brasilienses e moradores dos bairros e condomínios do entorno.

Elementos de Replicabilidade

O modelo do quarteirão fechado é altamente replicável uma vez que possibilita maior ajuste em relação à topografia que o modelo do quarteirão aberto.

Deve-se observar o dimensionamento das unidades imobiliárias em função da disponibiliade de investimento. No caso de habitação social, deve-se sempre considerar cada quarteirão como uma única unidade, a fim de viabilizar uma construção mais rápida.

É fundamental o entendimento de que o nível térreo dos edifícios acompanhe o desnível da rua. Isso garantirá a continuidade das calçadas.