Artigo Estudos de Caso

Usina solar flutuante no reservatório de Sobradinho (BA)

Metodologia

Energia

Geração de energia solar fotovoltaica em lagos, lagoas ou reservatórios de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH)

Brasil

Bahia(BA)

Resultados e Impactos

A Chesf visa estudar a eficiência da tecnologia fotovoltaica resfriada naturalmente pela água e pelo vento, já que as placas instaladas em terra perdem eficiência sob forte calor. Também os impactos ambientais são objetos de estudo. Segundo SAHU; YADAV; SUDHAKAR (2015), os autores afirmam que pode-se reduzir a evaporação em até 33% em lagos naturais e alcançar até 50% em estruturas feitas pelo homem.

Fatores de Sucesso

Sociais

Ambientais

Econômicos

Fatores de Fracasso

Ainda não observados.

Fatores de Risco

Existem fatores de risco ao implementar este tipo de medida, tais como: 1. É provável que o custo seja maior que o de uma planta em solo, em função dos equipamentos utilizados e da manutenção. Sistemas flutuantes necessitam de componentes com maior grau de proteção contra a penetração de água, o que encarece o investimento. 2. Em relação à manutenção, estima-se que seja mais trabalhosa, pela maior dificuldade de acesso aos componentes. Adicionalmente, em reservatórios de hidrelétricas, também há a preocupação com materiais em suspensão, como folhas, galhos e até mesmo troncos, que descem os rios principalmente em épocas de cheia. 3. Eventuais riscos de acidentes de navegação. 4. Há dúvidas se os flutuadores resistem aos fatores ambientais por mais de 20 anos 5. Não estabelecer parcerias com as comunidades locais e não apresentar os potenciais benefícios do projeto pode pôr em risco o sucesso da iniciativa.

Lições aprendidas

A instalação destas usinas em reservatórios aproveitam as infraestruturas de transmissão, reduzindo, inclusive, as perdas de energias. Segundo o professor de engenharia elétrica Rafael Shayani da Universidade de Brasília, a previsão é de que, até 2050, com o crescimento do país, o consumo de energia triplique. A adoção deste tipo de solução, portanto, é positiva, pois seu impacto ambiental adicional é considerado baixo. A opção de montar usinas flutuantes é relativamente nova no mundo todo e se mostra ideal para o meio rural, onde as pequenas propriedades possuem lagos e açudes pequenos. O módulo solar fotovoltaico para esta aplicação em sistemas flutuantes ainda é o convencional de silício cristalino. No entanto, na medida em que surgem mais projetos, evidencia-se a necessidade de alternativas ao modelo convencional de estrutura de alumínio, que sofre corrosão devido à constante exposição à umidade. Em relação à complementariedade inter-regional no Brasil, a geração fotovoltaica também é complementar aos regimes hídricos, uma vez que os menores níveis de irradiação ocorrem em períodos chuvosos, devido à maior concentração de nuvens, e os maiores níveis de radiação ocorrem em períodos secos. Considerando a disponibilidade de terras no Brasil e o imenso avanço que vem sendo obtido na parte de construção e manutenção de sistemas em solo, parece difícil que as usinas fotovoltaicas flutuantes (UFVs) consigam competir em custo com uma usina convencional. No entanto, o P&D é importante justamente para avaliar melhor as questões discutidas (e outros pontos não abordados) e quantificar os prós e contras desse tipo de projeto.