Artigo Estudos de Caso

Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF)

Metodologia

Ambiente Construído

Modelagem da Informação da Construção

Antártida

Ilha do Rei George()

Metodologia

Após um incêndio em fevereiro de 2012 que destruiu a sede da Estação Antártica Comandante Ferraz, a Marinha do Brasil abriu em 2013 um processo de licitação, exclusivo para empresas brasileiras, para a reconstrução da base; porém, nenhuma empresa interessou-se em participar. Em julho de 2014, a Marinha do Brasil abriu um novo processo para empresas brasileiras ou estrangeiras. Três empresas apresentaram propostas e a empresa China National Electronics Import and Export Corporation (Ceiec) foi a vencedora. Para a elaboração do projeto arquitetônico foi feito um concurso internacional e o vencedor foi o Estúdio 41, de Curitiba, que trabalhou em parceria com o escritório de engenharia de Portugal AFAconsult. Na elaboração do projeto, as decisões foram tomadas de forma muito cuidadosa, pois tratava-se de um local em que deveria ser respeitada a natureza, as necessidades de preservação das áreas de vida animal e vegetal da região e do entorno. Preferencialmente, foram utilizados materiais que permitiram atender aos diversos fatores ambientais gerados pela implantação da construção. As estruturas principais são em aço de alta resistência à corrosão e ao clima frio feito de forma a minimizar a necessidade de manutenção, e foram pré-preparadas antes do transporte para o local da construção. Foi optado pelo método de uma seção construtiva contínua em grande parte da sede, permitindo assim agilidade na montagem e racionalidade no processo de fabricação do material utilizado. Em razão de que só é possível trabalhar no local durante o verão antártico (de outubro a março), foram planejadas quatro fases para a construção da obra, sendo duas para a fabricação e pré-montagem do material na China e duas para montagem na Antártica. A estrutura foi construída com sistemas de detecção, alarme e combate de incêndios, além de suportar temperaturas negativas, nevascas e ventos de até 200 quilômetros por hora e está suspensa sobre pilares reguláveis de forma a adaptar-se às adversidades que poderão surgir com as mudanças bruscas de temperatura e ao degelo. Com relação à energia necessária para manter a estação, a obra foi favorecida com plantas de painéis fotovoltaicos, de turbinas eólicas VAWT (vertical-axis wind turbines) e também com energia derivada da queima de etanol. A instalação do DPMS (Display Power Management Signaling) propicia um equilíbrio entre estas fontes, dependendo da oferta disponível de potência em cada sistema de geração. Somente se não houver energia eólica ou fotovoltaica suficientes, o sistema de geradores em etanol entra em potência total. Quanto ao sistema de calefação, foi utilizado o aquecimento ativo com placas convectivas/radiantes acionadas por resistências elétricas. Nos acabamentos externo e interno foram utilizadas camadas de chapa metálica, painéis de PIR (Poliisocianurato) e OSB (Oriented Strand Board) e os vidros foram vidros clear com tripla camada. Também foi instalada uma central de tratamento de água e esgoto.

Implementação

Atores

Governo Federal Brasileiro

Governamental (de cima para baixo)

Marinha do Brasil

Governamental (de cima para baixo)

Estúdio 41

Institucional/Privada

AFAconsult

Institucional/Privada

China National Electronics Import and Export Corporation (Ceiec)

Institucional/Privada

Governança

A Estação Antártica Comandante Ferraz pertence ao governo federal brasileiro e é administrada pela Marinha Brasileira. Para a construção da nova Estação foram contratadas empresas privadas que ficaram vinculadas ao projeto até a entrega final da obra, em janeiro de 2020. Por se tratar de uma obra pública, as contratações foram realizadas via concurso internacional. No caso, a empresa Estúdio 41 trabalhou em conjunto com a empresa de arquitetura e engenharia de Portugal AFAconsult e com a empresa de construção China National Electronics Import and Export Corporation (Ceiec).

Público-alvo

Equipe que trabalha na Estação Antártica Comandante Ferraz.