Estudos
Quatro estratégias de travessias seguras para pedestres e ciclistas
Mobilidade
Cruzamentos favoráveis a pedestres e ciclistas
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Metodologia
Em ruas com distâncias relativamente longas entre as intersecções é importante ter, às vezes, travessias em seu ponto médio, devido à segurança. A travessia possibilita fácil acesso entre o pedestre e atrações do outro lado da rua, como parada de ônibus, parques, escolas e lojas. Essas travessias podem ser vistas como faixas de pedestres e sinalizações adequadas ao número de pedestres e veículos. Uma ilha de refúgio para o pedestre auxilia nesse tipo de travessia. Essas travessias podem ser destacadas por meio do tratamento do material ou da pintura. 1. Travessias e interseções elevadas: As faixas de pedestres ou mesmo toda a área central da interseção podem ser elevadas. A infraestrutura, desse modo, literalmente eleva os pedestres, deixando-os mais altos e na linha de visão dos motoristas. Ao mesmo tempo, por elevar o nível da rua, o modelo também exige a redução da velocidade por parte dos carros. Um exemplo deste tipo de é a travessia em intersecção em frente à escola na Avenida Raymond, desenvolvida para oferecer grande visibilidade e segurança, apoiada por canteiro central e ilha de refúgio para o pedestre. 2. Neckdowns ou elephant ear Os chamados neckdowns são alargamentos das calçadas nos pontos de travessias. Reduzem a largura da via nas interseções, fazendo com que os carros reduzam a velocidade nas conversões e, ao mesmo tempo, diminuindo a distância que os pedestres têm de percorrer para atravessar. Geralmente, o modelo é parte de um conjunto de estratégias mais amplo para aumentar o espaço reservado aos pedestres e melhora da segurança. 3.Interseções protegidas - Dutch Junction O modelo foi planejado pensando em garantir o deslocamento contínuo para os ciclistas, mas beneficia também os pedestres, na medida em que une diversos elementos para aumentar a segurança. Um dos pontos chave são as ilhas de refúgio em cada esquina, por onde passam as ciclovias e que dão aos ciclistas espaço para parar sem entrar em conflito com carros e pedestres. 4. Cruzamento à Barnes Dance Como dito anteriormente, o nome homenageia o engenheiro de tráfego Henry Barnes, defensor da solução já nos anos 1940. Além dos tempos de circulação dos carros, há um período destinado apenas aos pedestres. Assim, durante determinado intervalo, o cruzamento é totalmente liberado para a travessia das pessoas, em todas as direções. Além das faixas de segurança nas esquinas, geralmente também são pintadas as travessias em X, no centro da interseção. São Paulo implementou o modelo recentemente em alguns locais estratégicos do Centro.
Implementação
Atores
Administração local
Governamental (de cima para baixo)
Comerciantes e residentes das imediações dos pontos de cruzamento
Multi-Stakeholders
Departamento de trânsito
Governamental (de cima para baixo)
Governança
A implementação das travessias seguras depende de um acordo consensuado entre o poder público e a comunidade envolvida, além do departamento de trânsito local.
Público-alvo
Os usuários de modais não motorizados são os maiores beneficiários da solução sobre cruzamentos seguros aos pedestres e ciclistas.
Elementos de Replicabilidade
Os modelos de cruzamentos deverão ser ajustados caso a caso, levando em consideração a dimensão das calçadas e ruas de cada lugar.
Cada cruzamento remodelado deverá ajustar-se para estar compatível com a função da via existente. É possível também que a via tenha que passar por um ajustamento em função do novo perfil de uso desejado.
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