Artigo Soluções

PROCESSO ou METODOLOGIA

Sistemas Construtivos em Bambu

Sistemas Construtivos em Bambu

Ambiente Construído

Descarbonização da infraestrutura

Solução aplicável em:

Ícone cidade de pequeno porte

Cidades de pequeno porte

Ícone cidade de médio porte

Cidades de médio porte

Ícone cidade de grande porte

Cidades de grande porte

Solução aplicável nas regiões:


Nível de maturidade da solução

Ideação e pesquisa


Aplicada em escala piloto


Disponível comercialmente e aplicada


Amplamente disseminada


Tipo de Investimento

Informação indisponível


Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Esta solução contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Justificativa

O bambu é o recurso natural mais renovável do planeta, seu ciclo de amadurecimento é de 4 a 7 anos, sendo uma excelente alternativa complementar ao uso da madeira na construção civil. Seu uso auxilia no manejo sustentável das reservas florestais e o processo de beneficiamento do bambu não requer processos químicos ou de queima, agressivos ao meio ambiente. O bambu como alternativa de material construtivo, além de ter baixo impacto ambiental e consumo de energia em seu processo de extração, auxilia o processo de sequestro de carbono (remoção de gás carbônico da atmosfera).


A solução se baseia em metodologias de construção com a utilização de bambu. Sistemas construtivos que usam materiais de origem vegetal, alternativamente aos que utilizam aço e concreto, podem ser soluções viáveis na redução da emissão de CO2 se empregados da maneira correta. Em locais como a Colômbia, Equador e Costa Rica, o bambu é utilizado na construção civil por ser um material leve, acessível e por ser espécie nativa do local. A inserção do bambu na cadeia produtiva da construção civil representa uma alternativa mais sustentável diante dos sistemas tradicionais baseados em recursos não renováveis. O uso do bambu tem se mostrado além de economicamente viável, uma ferramenta importante na promoção da inclusão social pela via do trabalho produtivo. As tecnologias construtivas que utilizam o bambu como matéria-prima podem ser alternativas para os processos que predominam no mercado nacional atualmente. A solução possui potencial para gerar impactos ambientais positivos, uma vez que o bambu apresenta propriedades de absorção de CO2 atmosférico, controle de erosão, recuperação e proteção de mananciais e cursos d’água etc. Dentre as vantagens da utilização do bambu encontram-se: resistência; flexibilidade; durabilidade; versatilidade; facilidade de reprodução; rápido crescimento; e adaptabilidade a climas e solos diferentes. Um exemplo prático da utilização do bambu é o Bambu Laminado Colado (BaLC), um produto similar à Madeira Laminada Colada, consistindo em lâminas produzidas a partir do colmo (caule) do bambu coladas posteriormente em camadas. Possui a possibilidade de produzir peças em diversas dimensões e formatos. Além disso, o bambu apresenta desempenho térmico bastante adequado para situações de alta exposição ao calor ou frio. As qualidades de conforto, economia e versatilidade relacionadas ao bambu e à técnica do BaLC o tornam uma alternativa de material para mobiliário urbano altamente eficiente e adequada ao contexto das cidades brasileiras.

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O Problema

Materiais convencionais, como o aço e concreto, são os principais responsáveis pelo impacto ambiental causado pela construção civil, tanto na extração da matéria bruta, como por todo o processo que envolve o beneficiamento e transporte do material. Portanto, o bambu se apresenta como uma alternativa que pode vir a atenuar o impacto das externalidades causadas pela atividade mineradora e pela indústria da construção. Os materiais convencionalmente utilizados para a produção de mobiliário urbano possuem processos de extração e produção do meio ambiente, causando poluição e degradação de ecossistemas naturais, além de resultarem em um elevado consumo de energia. Além disso, os materiais convencionais possuem desempenho térmico inadequado ao contexto climático tropical do Brasil, fazendo com que a maioria das construções necessite de sistemas de refrigeração durante boa parte do ano, aumentando ainda mais o consumo energético das edificações.