Artigo Estudos de Caso

Reabilitação de espaço residual como infraestrutura de circulação

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Estudos de Caso

Mapocho Pedaleable - Santiago - Chile

Metodologia

Mobilidade

Reabilitação de espaço residual como infraestrutura de circulação

Chile

Santiago()

Informações Gerais
Resultados Esperados
Como Replicar
Referências e Anexos

O projeto Mapocho Pedaleable consiste em recuperar o rio Mapocho como espaço público de livre acesso para o uso dos moradores de Santiago. De modo que possa também: criar uma vinculação física entre o nível da cidade e do rio; criar um corredor para pessoas no interior do canal do Rio Mapocho como uma forma de infraestrutura contínua para meio de transportes não motorizados de aproximadamente 7 km, que conecte parte da cidade sem cruzamentos e interrupções; promover a recuperação do rio Mapocho como corredor ecológico urbano, integrando-o aos parques adjacentes e propondo um sistema que permita o desenvolvimento da vegetação no interior do canal; promover um processo de revalorização social do rio Mapocho, integrando-o ao tecido urbano e à vida cotidiana dos habitantes de Santiago.

Custo para Implementação

Informação não disponível

Corporación Andina de Formento (CAF), responsável pelo financialmento de estudo de viabilidade e projeto básico

Desafios

  • Permite integrar espaços urbanos segmentados por vias rodoviárias de alta velocidade.

  • Promove e incentiva o transporte não-motorizado.

  • Promove a recuperação do rio Mapocho como corredor ecológico urbano, integrando-o aos parques adjacentes e propondo um sistema que permita o desenvolvimento da vegetação.

Contexto

A cidade de Santiago, inserida na Região Metropolitana de mesmo nome, é a capital do Chile, onde vive mais de um terço da população do país. O Rio Mapocho é seu principal curso de água e o eixo em torno do qual se desenvolveu historicamente a cidade. Todavia, por mais de cem anos, o canal do Mapocho está fechado para acesso público. Ao longo desse tempo sua imagem foi construída de forma negativa, sendo estigmatizado como um leito d’água sujo e malcheiroso, foco de delinquência e poluição. Desde 2010, as águas escoadas passaram a ser desviadas por um coletor, o que abriu espaço para uma outra visão sobre o rio. Se trata de um curso de água de regime torrencial, com mudanças radicais em seu volume ao longo do ano. Ao longo do século XX, as intervenções para a canalização do rio geraram uma calha de aproximadamente 45 metros de largura e 5 metros de profundidade. Os trabalhos realizados ao longo do rio também incluíram uma série de pontes, com o objetivo de conectar as áreas mais densas da cidade, mas gerando, por seu turno, uma certa fragmentação do sistema de parques construídos ao longo do rio, interrompendo o caráter continuo de suas margens. Assim, o modelo de transporte urbano que, desde a segunda metade do século XX, priorizou o uso de veículos motorizados sobre o meio a pé, agravou, com a construção dessas pontes, a descontinuidade do tecido urbano. A importância do eixo do rio no desenvolvimento da cidade se reflete na construção das infraestruturas significativas para o deslocamento, a exemplo da primeira linha do metrô, paralela a seu curso, e a primeiro autopista urbana, instalada em Santiago no início do século XXI (ECHIBURÚ e LARRAÍN, 2013). A canalização do rio gerou, portanto, uma calha que está aparentemente subutilizada e permanece desocupada na maior parte do ano.

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