Artigo Estudos de Caso

Plano Cicloviário de Curitiba

Metodologia

Mobilidade

Plano de Mobilidade Urbana Sustentável

Brasil

Paraná(PR)

Trata-se de um novo plano de estrutura cicloviária de Curitiba que pretende dobrar a quilometragem da malha cicloviária da cidade até 2050. Somada à estrutura existente, a nova malha chegará a 400,6 km de vias dedicadas ao uso da bicicleta em 51 eixos por toda a cidade (IPPUC, 2019). A Rede de Estrutura Cicloviária (REC) de Curitiba foi concebida com base nos eixos estruturais de transporte da cidade e é composta por ciclofaixas, ciclorrotas e ciclovias. O objetivo é criar sinergia com o transporte público da rede integrada de transportes (RIT). Como parte do novo plano serão construídos bicicletários com 108 vagas cada e vestiários para atender aos ciclistas em dois grandes terminais da RIT. Também foi previsto um sistema de integração das redes por meio de laços de conexões visando integrar diferentes pontos em que não há continuidade na malha cicloviária.

Custo para Implementação

Informação não disponível

O valor não foi divulgado e o plano será implementado em etapas.

Desafios

  • A infraestrutura adequada ao uso das bicicletas amplia o acesso do cidadão às diferentes regiões da cidade.

  • A malha cicloviária contribui diretamente com o aumento do uso de bicicletas como meio de transporte.

  • O uso de bicicletas representa uma das principais soluções para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa no transporte.

  • Malha cicloviária adequada, completa e bem conectada fomentando a intermobilidade.

  • Qualidade das vias e sinalização adequadas contribuem para diminuição dos acidentes e segurança dos ciclistas.

Motivação

O plano foi desenvolvido como parte do Plano Diretor Urbanístico da cidade de Curitiba que também está sendo revisado. Visa garantir a integração entre os diferentes modais e a intermobilidade de forma segura e eficiente, atendendo grande parte das necessidades de mobilidade dos cidadãos, em especial no que tange a integração com o transporte público. Também pretende atender ao estabelecido em legislação que prevê que as cidades devem fornecer 5% de malha cicloviária integrada ao transporte coletivo (Mobilize, 2019). Hoje a malha cicloviária de Curitiba representa 4,34% da malha viária e com a implementação do plano chegará a 8,3% (IPPUC, 2019).

Contexto

O plano cicloviário de Curitiba foi desenvolvido e concebido como continuidade às diretrizes estabelecidas no Plano Diretor Urbanístico (Lei Municipal 14.571/2015) revisado em 2015 e que prevê o desenvolvimento integrado, harmônico e sustentável da cidade. O plano é parte da política de planejamento urbano da cidade e visa abordar soluções sustentáveis para a mobilidade urbana. Curitiba vem enfrentando um grande crescimento populacional nos últimos anos com aproximadamente 1,9 milhões de habitantes e 3,6 milhões na região metropolitana segundo o IBGE (2019). O trânsito diário no centro urbano e entre os municípios tem gerado um grande impacto na mobilidade urbana e no volume de emissões de gases de efeito estufa, gerado especialmente pelo uso excessivo de veículos movidos a combustão. Mesmo com um transporte público eficiente e que atende às diferentes regiões da cidade, há falta de integração entre os modais e constante reclamação da população em relação aos valores do transporte público. Criar infraestrutura adequada e segura para o uso da bicicleta contribui diretamente para solucionar os problemas de mobilidade urbana e diminuir os impactos do uso de combustíveis fósseis no meio ambiente. Segundo o IPPUC (2019) Curitiba tem hoje 208,5 km de estrutura cicloviária o que representa 4,3% da malha viária implantada. A estrutura é composta por 100,8 km de calçadas compartilhadas (48,3% da rede total); 31,1km de ciclovias (14,9% em relação à rede total); 25,1 km de ciclofaixa sobre a calçada (12% do total); 19,6 km de ciclofaixa na via lenta (9,4% do total); 18,7 km de ciclofaixas (9% do total).