Estudos
VLT Carioca
Mobilidade
Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)
Brasil
Rio de Janeiro(RJ)
Resultados e Impactos
- O VLT carioca tem aprovação de 92% da população, segundo pesquisa encomendada pelo Instituto Datafolha, no final de 2017. Além disso, 81% atestaram positivamente a rapidez do veículo, 93% o conforto, 85% a confiança, enquanto que 69% alegaram ser positiva a maneira como a solução concede informações ao usuário. - O VLT, por ter tração elétrica, não produz emissões. As emissões de gases do efeito estufa são relativas somente à geração de energia elétrica pela matriz energética do país. As emissões totais de CO2 de um BRT a diesel ao longo de 5 anos são mais de duas vezes superiores às emissões de um sistema de VLT ao longo de 25 anos. Por fim, é dizer que o VLT obedece aos mais avançados padrões de sustentabilidade, acessibilidade e urbanismo. - A ausência de catenárias - alimentação por redes aéreas - também constitui fator positivo por não gerar poluição visual, o que favorece a valorização do patrimônio arquitetônico das ruas e avenidas dos percursos realizados no centro histórico. Somado à introdução dos BRTs e aos investimentos na melhoria dos demais modais de transporte público, o VLT implantado no centro do Rio tem externalidades positivas que impactam, também, a integração modal com a Região Metropolitana.
Fatores de Sucesso
Sociais
Ambientais
Econômicos
Fatores de Fracasso
Reportagem realizada pela Folha de S. Paulo levantou que o número de usuários estava longe da média prevista pela prefeitura (12% dela). A linha 1 (Santos Dumont-Rodoviária) transportava apenas 30 mil pessoas por dia útil, ao passo que a previsão média fosse de 250 mil com todo o sistema em operação - três linhas, no total. Esse número de pessoas transportadas chegou a 60 mil no final de 2017. Também vale comentar que o alto custo do passe inibe a adesão ao sistema de camadas menos favorecidas, contrariando a premissa de facilidade de integração com a Regiao Metropolitana. Segundo pesquisa do Data Folha, 54% dos usuários são da classe B, com renda familiar média de R$ 6.157 (O GLOBO, 2018). Por fim, a expectativa do desenvolvimento imobiliário da Zona Portuária é um dos fatores de fracasso associados aos indicadores apresentados sobre o VLT, uma vez que a realização de estudo de demanda foi baseado naquela expectativa. Com base nisso, reportagem de O Globo divulgada em janeiro de 2019 mostra que a demanda abaixo do esperado provocou um ônus à Prefeitura, que deverá ressarcir a concessionária o montante equivalente ao número de passagens ociosas, mas fundamentais para o equilíbrio do sistema. O saldo a pagar pela Prefeitura, até 2025, é da ordem de R$ 2 bilhões.
Fatores de Risco
A provisão do serviço de VLT é vulnerabilizado em caso de chuvas e enchentes, implicando na interrupção do funcionamento da rede. A integração ainda precária na ordenação de tráfego que concilie a circulação harmônica do VLT com os veículos motorizados pode incidir na ocorrência de acidentes e vítimas. Além disto, outro fator é a exposição à violência: parte do percurso do VLT passa em frente à Favela da Providência, que costuma ser cenário de confrontos frequentes entre criminosos e policias. Entre 2016 e 2017, o sistema foi interrompido 12 vezes devido a tiroteios no interno (FOLHA DE S. PAULO, 2017). A expansão do sistema esbarra no problema de tanto o tempo de implementação como o custo inicial serem relativamente mais altos que outras soluções, como o BRT, por exemplo.
Lições aprendidas
Não se aplica.
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