Soluções em Foco #26: Parques urbanos e periurbanos
Soluções em Foco #26: Parques urbanos e periurbanos
08/11/2024
Atualizado em 08/11/2024 | por Equipe OICS
Ao longo das últimas décadas, a urbanização tem modificado as paisagens naturais, resultando na transformação dos fluxos e processos naturais das cidades. A preservação e recuperação de ecossistemas naturais ou regenerados têm sido uma estratégia para equilibrar os impactos da urbanização, oferecendo uma série de benefícios às áreas urbanas densamente construídas. Nesse contexto, os parques urbanos e periurbanos surgem como solução baseada na natureza que auxilia na promoção da sustentabilidade e resiliência das cidades.
Esses parques, que muitas vezes são remanescentes de ecossistemas originais ou áreas recuperadas após impactos da ocupação humana, desempenham um papel na mitigação de efeitos negativos da infraestrutura urbana. Localizados em zonas estratégicas como encostas, áreas sujeitas a enchentes ou com rica biodiversidade, os parques ajudam a conter a expansão urbana desordenada e promovem a conservação de espaços que, de outra forma, poderiam ser degradados.
Além disso, sua presença promove o equilíbrio ambiental das cidades, oferecendo serviços ecossistêmicos como o controle do clima urbano, a proteção de nascentes e mananciais, a estabilização de solos e a manutenção da biodiversidade. Além dos benefícios ecológicos, os parques urbanos e periurbanos também têm um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas. Com espaços dedicados ao lazer, recreação, atividades esportivas e culturais, esses parques se tornam centros de convivência comunitária, oferecendo áreas de descanso e socialização para a população.
O Parque Nacional da Tijuca (PNT), por exemplo, localizado no Rio de Janeiro, é um dos maiores parques urbanos do mundo. Além de ser um Patrimônio Mundial da Humanidade, reconhecido pela UNESCO, o PNT oferece diversos serviços ecossistêmicos, como a moderação do clima e a redução de riscos de deslizamentos. Fundado no século XIX para recuperar a vegetação nativa, o parque enfrenta desafios de ocupação irregular, com favelas invadindo partes de suas áreas. No entanto, o PNT continua a ser um oásis de biodiversidade, com iniciativas de replantio e reintrodução de espécies, como o macaco Bugio, e está sendo conectado por uma extensa rede de trilhas, como a Trilha Transcarioca.
Em muitos casos, esses parques ainda geram oportunidades de economia local, atraindo visitantes e turistas, o que favorece o desenvolvimento de atividades econômicas nas áreas ao seu redor. Fora que, em muitas cidades, áreas de amortecimento de grandes parques são geridas por agricultores familiares, que utilizam a terra de forma produtiva e sustentável, contribuindo para a segurança alimentar e promovendo uma agricultura de baixo impacto ambiental. Assim, a proteção de áreas verdes, quando aliada a instrumentos legais que impedem a expansão urbana indiscriminada, cria um modelo de gestão territorial que respeita os limites naturais e assegura a preservação dos recursos essenciais para as gerações futuras.
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